Quando eu era criança, minha família se mudou para uma casa antiga no fim de uma rua sem saída. A vizinhança era tranquila, cercada por árvores altas que balançavam de forma ameaçadora sempre que o vento soprava mais forte. A casa tinha três andares, um sótão empoeirado e um porão escuro que eu nunca tive coragem de explorar sozinho. Mas o que mais me incomodava não era a casa em si, e sim o que eu ouvia dentro dela.
Tudo começou com um sussurro.
Era quase imperceptível, vindo de dentro da parede do meu quarto. No início, achei que fosse o barulho da casa velha rangendo, mas conforme os dias passavam, os sussurros ficaram mais claros. Eles pareciam palavras… mas muito baixas para que eu conseguisse entender. Comentei com meus pais, mas eles disseram que era coisa da minha imaginação.
Certa noite, enquanto eu tentava dormir, ouvi claramente uma voz sussurrando meu nome. Meu coração quase parou. Me encolhi debaixo das cobertas, rezando para que fosse apenas um sonho. Mas a voz continuava… e estava mais perto.
No dia seguinte, decidi investigar. Coloquei meu ouvido contra a parede e segurei a respiração. Um arrepio percorreu minha espinha quando ouvi algo que não esperava:
“Me ajude…”
Meu corpo congelou. Pulei para trás, quase caindo da cama. Aquilo não era minha imaginação. Alguém ou algo estava dentro da parede.
No jantar, perguntei para meus pais se sabiam alguma coisa sobre a casa. Eles trocaram olhares antes de minha mãe soltar um suspiro pesado.
“Apenas rumores, querido. A casa já pertenceu a uma família há muitos anos, mas… houve um acidente. Nada com que você deva se preocupar.”
Mas eu me preocupava. Muito.
Naquela noite, esperei todos dormirem e peguei uma lanterna. Empurrei a cômoda que ficava encostada na parede de onde vinha a voz. Para minha surpresa, havia um pequeno buraco ali, grande o suficiente para que eu conseguisse espiar.
O que vi do outro lado me fez prender a respiração. Havia um pequeno espaço, algo como um quarto escondido, com um colchão velho e brinquedos espalhados. Mas o pior não foi isso.
No canto, uma sombra se movia.
Me afastei imediatamente, derrubando a lanterna. Um calafrio percorreu meu corpo quando ouvi novamente a voz.
“Por favor, me ajude… ele vai me pegar.”
Corri para a cama e me cobri completamente. O sono demorou a vir, e quando finalmente cochilei, fui acordado por um som horrível: arranhões vindo de dentro da parede.
No dia seguinte, chamei meus amigos e contei o que aconteceu. Eles, claro, não acreditaram. Mas convenceram-se quando um deles, Lucas, colocou o ouvido na parede e arregalou os olhos.
“Tem… tem alguém lá dentro!”
Decidimos abrir um buraco maior. Pegamos uma chave de fenda e, com muito esforço, retiramos parte do gesso. O que encontramos foi algo que nos fez correr para fora da casa.
Atrás da parede, havia uma pequena passagem que levava a um porão secreto. E no centro dele… uma velha cadeira de balanço com correntes no chão.
E nela, uma marca de mão ensanguentada.
Saímos correndo e contamos tudo para os nossos pais. Eles chamaram a polícia, que, ao investigar, encontrou algo ainda pior: restos de roupas infantis e diários antigos de uma criança chamada Elias, que havia desaparecido há décadas.
A voz que eu ouvia era dele.
Depois disso, meus pais decidiram se mudar. Mas até hoje, ainda sonho com a voz na parede. E, em algumas noites, juro que posso ouvir…
“Obrigado por me ouvir…”
Agora que você conhece essa história arrepiante, não se esqueça de comentar e compartilhar para que mais pessoas fiquem sabendo dessa história assustadora. Quem sabe? Talvez sua casa também tenha segredos escondidos…”
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